Algum tempo atrás, escrevi
um texto sobre ponto de vista. Contei sobre meu trajeto de volta pra casa
depois da escola, e a relação que criei com aquele caminho, o que ele
influenciou em mim.
O percurso é o mesmo, os lugares são os mesmos, mas a
forma como eu olho para uma mesma situação pode ser diferente a cada dia. A
mudança é em mim.
Meu olhar para tudo aquilo pode ser influenciado pelo meu
humor, por alguma situação que tenha acontecido naquele dia, por alguém, ou
qualquer coisa do tipo. Depois de passar por aquelas ruas de tantos jeitos e
com tantas emoções, entendi que quem decide a forma como vou atravessá-las sou
eu.
Em alguma de minhas voltas, comecei a pensar sobre o
mundo. No quanto as pessoas tão precisando de uma aula sobre amor, na falta de
empatia nessa sociedade de hoje em dia.
“ Companheira me ajude,
que eu não
posso andar só.
Eu sozinha
ando bem,
mas com você
ando melhor.”
Atualmente, tenho ido a algumas manifestações. Eu adoro!
Da uma emoção diferente, o coração bate forte; num ritmo que parece até
calculado, demorado.
Sinto-me fazendo parte de algo maior, de uma mudança
maior. Ver todo mundo juntinho ali, lutando por uma transformação em nossa
cultura, ah! É maravilhoso. Meu coração sabe que é isso que eu quero fazer para
o resto da vida.
Outro momento em que eu tenho essa sensação são as idas a
EMEI, os encontros do OBA e as reuniões do instituto.
Com
certeza terça-feira se tornou o melhor dia da minha semana. Encontrar as
crianças deixa tudo melhor, o sorriso delas faz um bem danado.
Aos
poucos, conforme as observei, percebi que a forma que elas lidam com problemas
ou situações de uma forma muito melhor do que qualquer adulto.
Algo
que gosto muito é a intensidade com a qual elas usam a imaginação. Triste ver
que com o tempo as pessoas perdem o encantamento pela vida, não é?
Confesso que depois de começar a fazer
projeto, meu jeito de ver o mundo mudou, e a mudança continua constantemente. E
esse é o tema desse ano: “outros jeitos
de ver o mundo”. Podemos interpretar de várias formas.
Uma
delas é a questão da empatia; imaginar a forma como o outro atravessa o
caminho. Ou o seu próprio olhar que muda conforme sua vida acontece, e por isso
se transforma a cada dia.
Gostaria
muito de saber como as crianças da EMEI vão atravessar seus caminhos, e se eu
influenciei em algo nisso. Porque acreditem, elas influenciaram muito no meu.
inspiração: escrevi esse texto para um evento da minha escola, colóquio, onde as pessoas que fazem projetos sociais iriam contar um pouco e conversar sobre esse tema